Paulo Corrêa defende união entre entidades e proprietários rurais para preservação ambiental
Projeto Vida ao Prata garante ações de conservação ambiental para as regiões de Bonito e Jardim. Foto: Cyro Clemente
A conservação ambiental é uma das bandeiras mais ativas na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Representando o Parlamento, o presidente Paulo Corrêa (PSDB) participou, na cidade de Jardim, do lançamento de mais uma ação que preservará o meio ambiente para as próximas gerações, o Projeto Vida ao Prata.
A iniciativa é do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), por meio do Programa Cabeceiras do Pantanal, em parceria com o Instituto Amigos do Rio da Prata. O projeto dispõe sobre um pacto entre diversas entidades e proprietários rurais para assegurar a conservação do Rio da Prata, que corre entre as cidades de Jardim e Bonito.
“É muito importante a gente defender a indústria, a produção rural, mas também defender o meio ambiente. Isso é responsabilidade de todos. Quando a gente vê o empenho conjunto que vai ocorrer aqui, dá para estender ao estado inteiro, pois será uma responsabilidade compartilhada, gerando preservação com qualidade para todos”, ressaltou o presidente Paulo Corrêa.
O parlamentar é o responsável pela Lei das Águas Cristalinas (Lei Estadual 1871/1998), que protege as margens dos rios da Prata e Formoso com uma faixa de proteção de 150 metros de largura para cada lateral dos rios. Com sua intermediação, a ALEMS ainda ampliou a proteção dos rios com outra proposta aprovada em tempo recorde ao final de 2021. A Lei dos Banhados (Lei Estadual 5.782) institui a Área Prioritária Banhados das Nascentes do Rio da Prata e do Rio Formoso, para ações governamentais relativas à qualidade ambiental e ao equilíbrio ecológico – reveja aqui.
Conheça o novo projeto
Segundo o IHP, o Projeto Vida ao Prata vai atuar ao longo de 75 quilômetros de rio, em que existem 42 propriedades rurais, com ações de recuperação de solo, mata ciliar, combate a voçorocas, plantios e ações de educação ambiental. Os proprietários rurais devem permitir o acesso às propriedades para o manejo adequado de defensivos agrícolas conforme a legislação vigente e se adequarem aos processos de licenciamento ambiental. Em contrapartida, os que aderirem o programa vão receber o certificado de “Fazenda Amiga do Rio da Prata”, apoio técnico e cortesias anuais em passeios de flutuação e balneários.
“Esse projeto tem uma história de mais de cinco anos, em que buscamos identificar o que estava trazendo prejuízo para o turismo e as razões que comprometiam a qualidade da água em todos os sentidos. Identificamos algumas situações que faltavam apenas orientação. Então conseguimos, através dos diálogos, reverter processos que estavam colocando em risco o próprio ativo da propriedade, porque a partir do momento que você não tem uma água limpa, você não tem o turismo”, explicou o presidente do IHP, coronel PM, Ângelo Rabelo.
De acordo com Rabelo, a proposta firmou uma grande parceria. “O Programa estabelece um grande acordo para que cada um cumpra sua parte. A grande conquista se consolida a partir da maturidade, da percepção política, na figura do presidente da Assembleia Paulo Corrêa vou agradecer o poder público, por entender e consolidar legislações que vão assegurar um futuro a partir de todo esse esforço, tanto de proteção de recursos naturais como também de empregos no estado”, ressaltou. O projeto também prevê articulação para conseguir máquinas para melhoria das estradas e melhoria das condições ambientais das propriedades.
O evento ocorreu na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Cabeceira do Prata, onde, por ser uma unidade de conservação da biodiversidade, é proibido caça e pesca. No local encontra-se o Recanto Ecológico Rio da Prata, passeio de ecoturismo reconhecido internacionalmente por suas águas cristalinas que oferece atividade de trilha e flutuação desde 1995, e a Lagoa Misteriosa, passeio também tradicional na cidade.
O proprietário, Eduardo Coelho, elogiou a iniciativa. “Em tempos passados a voga era apontar dedos, isso não levava solução de nada. Essa vez a questão é juntar forças, com ações concretas para melhoria do meio ambiente. Então a maior virtude do projeto é que estamos na direção correta. Hoje eu vejo que o produtor rural está mais consciente de que o meio ambiente é um ativo para ele. Está mais fácil trabalhar. E a intermediação feita foi fundamental para que cada vez tenhamos um rio melhor”, ressaltou o empreendedor.
Também proprietário rural, Ari Basso, agradeceu. “A gente como proprietário se sente muito mais seguro com um projeto como esse no Rio da Prata, porque estamos empenhados em fazer a conservação e o melhor para esse rio. Parabéns a todos que estão participando”, disse Basso, que é ex-prefeito de Sidrolândia.
Em nome da cidade de Jardim, a prefeita Clediane Areco Matzenbacher, incentivou a adesão ao projeto. “O evento reuniu quem quer salvar o Rio da Prata. Juntar os proprietários para conscientização do meio ambiente é o que nos move. Agradecer ao deputado Paulo Corrêa por essa intermediação e pela aprovação de leis que preservam o meio ambiente para que possamos seguir com a conservação”, destacou.
Representando a cidade de Bonito, a secretária municipal de Meio Ambiente, Ana Cristina Trevelin, ressaltou a relevância da ação. “A gente está celebrando um momento super importante de políticas públicas para o meio ambiente. O Rio da Prata é um lugar importante não só pela situação econômica, mas também pelo senso de comunidade de Jardim e Bonito. Faz parte da nossa vivência, de histórica a conservação desses lugares, especialmente o Rio da Prata. A ênfase que a Assembleia dá para essa pauta faz toda a diferença na conservação e faz com que ações como essa tenham uma amplitude muito maior do que só cuidar da natureza, mas também no aspecto social e econômico a todos nós da região”, finalizou.
*Colaborou Maísse Cunha.