Isolado e sem alterar proposta, negociação de Alan Guedes prolonga greve na educação de Dourados
O prefeito de Dourados-MS, Alan Guedes (PP), está cada vez mais isolado em sua gestão, junto com seu ‘núcleo duro’ instalado no Centro Administrativo Municipal. Perdendo apoio até da Câmara Municipal, o chefe do executivo vai para uma nova reunião com o Simted, que representa a categoria dos profissionais da educação que estão em greve há sete dias na Rede Municipal de Ensino.
Alan propõe apenas 8% de reajuste salarial para todo o funcionalismo de imediato, incluindo o magistério, que esse ano teve índice de reposição definido pelo MEC de 33,24%. O restante, o prefeito promete parcelar, sendo apenas 2,39% somente para o mês de dezembro, gerando insatisfações de várias categorias do município.
Para os professores, Guedes ainda promete 7,5% em agosto, ainda depois do recesso do meio de ano. Os educadores rejeitam a propostas e estranham que o reajuste parcelado ao longo do ano chegue a apenas 18,8%, enquanto o piso estabelece 33,24% de aumento.
O sindicato já reclama há muito tempo de índices de pisos dos anos anteriores e sinaliza que o prejuízo para os profissionais da educação já acumula 60% desde 2017.
A falta de traquejo do prefeito para tratar com a educação municipal tem prorrogado a greve que atinge cerca de 33 mil alunos na cidade. O problema maior para Alan é que o apoio popular à paralisação é quase unânime no município.
A população tem rebatido todas as publicações da prefeitura nas redes sociais sobre a greve. O próprio Alan precisou desativar os comentários da sua página pessoal, por conta da grande quantidade de comentários negativos com relação à sua gestão.
Nesta quarta-feira (23), às 10 horas, o prefeito recebe o sindicato para mais uma rodada de negociação, após dias de intensa movimentação do governo nas redes e na justiça para descredibilizar o movimento de greve.
Após a reunião, os profissionais vão para o Simted analisar a nova proposta, caso o prefeito Alan Guedes apresente algo de novo para a categoria. O diálogo pela manhã vai selar o destino da greve na educação municipal.
Foto: Simted