Ecoturismo em Bonito não é só natureza: gastronomia regional também se destaca
Visitar Bonito e região vai muito além de seus rios cristalinos e paisagens de tirar o fôlego. O melhor destino de ecoturismo do Brasil é exaltado também por sua rica culinária, com pratos típicos e deliciosos do Cerrado e do Pantanal e as influências do Sul e dos países vizinhos – Paraguai e Bolívia.
Encontrado nos restaurantes, hotéis e nos atrativos, o cardápio e sua diversidade é uma verdadeira experiência gastronômica, que cativa o visitante.
A culinária de Mato Grosso do Sul recebeu nota 8,8 em pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo e a cozinha de Bonito e Serra da Bodoquena é resultado dessa mistura de sabores, aromas e texturas, capaz de agradar a todos os paladares, tornando-se também um atrativo para quem deseja explorar a cultura da região.
Certamente, o turista vai se surpreender com a variedade, desde pratos regionais aos elaborados pelos melhores chefs.
No café da manhã dos hotéis não podem faltar a chipa e a sopa paraguaia, de origem do país vizinho. A cultura pantaneira está sempre em destaque na mesa, com o quebra-torto (arroz carreteiro, ovos e farofa) e a comida (dos peões) de comitiva (carreteiro, feijão, mandioca, macarrão tropeiro, charque e carne de sol).
A Pousada Peralta, localizada na área urbana da cidade, promove o encontro temático da comitiva, incluindo o cupim soleado e rapadura.
Costela de chão e jacaré
Destinada a eventos como confraternização e corporativos, a Noite Pantaneira no Restaurante Espaço Jack proporciona essa experiência imperdível, com os saberes culinários adquiridos pelos condutores de boiadas em suas longas jornadas.
O carro-chefe do jantar é a famosa costela de chão, assada por 12 horas. A comida pantaneira se realça nos cardápios oferecidos pela rede gastronômica do destino, com presença forte de doces caseiros de sobremesa.
Nesse rico universo de iguarias serranas, também se destacam as carnes exóticas, como a de jacaré-do-pantanal criado em cativeiro, cuja carne branca com sabor suave e textura semelhante à de frango se diferencia do animal da natureza, cujo abate é proibido.
Para testar o paladar e sentir o aroma dos frutos da terra, os chefs recomendam experimentar a guavira, comum na região, que pode ser servida com molho em pratos com carnes.
Peixe, doces e café da manhã
Os peixes nativos, como o pintado e o pacu, também estão presentes e se destacam pela composição e sabor de seus pratos, servidos de várias formas: ao urucum, assado, grelhado, frito e ensopado. As combinações são muitas e agradam os mais diferentes paladares.
O pacu na brasa (sem espinha) é a grande estrela do Juanita Restaurante, com tempero de alcaparras. A Casa do João serve a famosa traíra sem espinha à moda da casa, aprovada por 180 chefs.
Na rede hoteleira, o Marruá oferece uma variedade de pratos, com destaque para o famoso costelão à moda pantaneira, a piraputanga defumada na lenha de angico e o Ceviche Rio Formoso (pintado e pacu). O atrativo Recanto Ecológico Rio da Prata produz algo especial: o doce de leite artesanal feito no fogão a lenha.
A Cafeteria Vício da Gula, além dos lanches, sobremesas, tortas e doces regionais, tem em seu cardápio o delicioso milk shake de guavira.
Silvio de Andrade, Rota Pantanal Bonito
*colaboração com FundturMS
Fotos: Divulgação Rota Pantanal Bonito