“Os indígenas são 5% da população mundial e protegem 80% do meio ambiente”, ressalta acadêmico da UEMS na Cop27
O acadêmico da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Jânio Avalo, da etnia Kaiowá, participou da COP 27 – Conferência das Partes, dos dias 6 e 18 de novembro de 2022 em Sharm El Sheikh, no Egito. A COP-27 é o evento mais importante e o maior já realizado sobre o tema das mudanças climáticas.
O estudante do 4º do curso de História da UEMS, em Amambai, mora na Aldeia Limão Verde, e participou de várias mesas de discussões durante a conferência do clima das Nações Unidas. Ele relata que tiveram muitas pautas, principalmente a da juventude sobre as relações climáticas, onde se falou que o Brasil também é um dos maiores transportadores de mercadorias para Europa e a maioria dessas mercadorias estão nos territórios indígenas.
“Disse para o mundo que nós indígenas somos 5% a nível global e também protegemos 80% do meio ambiente. Levamos também a questão de que a presença dos povos indígenas é necessária para o equilíbrio do mundo”, ressaltou Jânio Kaiowá, como é conhecido.
Essa não foi a primeira experiência internacional de Jânio Kaiowá, ele já participou duas vezes de conferências na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, e também em Nova York. Ele faz parte da liderança indígena de Mato Grosso do Sul, sendo membro da coordenação da Aty Guasu (Grande Assembléia Kaiowá) e da Redde Jóvenes. “Eu também faço parte da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), onde nós também levamos para o mundo, que nós povos indígenas sempre lutamos para garantir a questão do meio ambiente, porque a gente faz parte do meio ambiente, e dizer para o mundo que para a solução climática sem a presença dos povos indígenas seria nada”, enfatizou o jovem.
Comunicação UEMS